Conheça os benefícios por trás da inclusão digital na terceira idade.
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Os idosos de hoje vivenciaram todas as mudanças tecnológicas que transformaram o mundo ao longo dos anos, desde o surgimento da primeira televisão e do computador, mas mesmo assim ainda há quem ache que eles não gostam de novidades ou não se adaptam a elas. "É um estereótipo que existe com relação aos mais velhos e não apenas na área da informática, mas como um todo. Os mais jovens pensam que as pessoas da terceira idade já estão velhas e não se interessam em aprender", diz o consultor e coach Gustavo Boog, de 70 anos, autor do livro Estou envelhecendo! E agora?. Pesquisa realizada por ele neste ano aponta que 90% das pessoas acima de 60 anos lida muito bem com computadores e mantém uma vida ativa. 

Conforme Gustavo, que dá palestras para a terceira idade e mantém no Facebook o grupo Mais velhos, mais sábios, a sociedade está vivendo uma verdadeira revolução de longevidade. "Na realidade, na história da humanidade nunca se viveu tanto e nem fomos jovens durante tanto tempo", diz, acrescentando que se a terceira idade começa aos 60 anos, já está se falando numa quarta idade, que começaria aos 80 anos.
 
Plugados, conectados e por dentro do mundo virtual, desde informações até piadas do momento. Avós e bisavós acostumaram-se a se comunicar com a família via WhatsApp, Facebook, Messenger, Skype. Há os que gostam também de postar fotos no Instagram e jogar games. Na hora da dificuldade com alguma configuração, não hesitam em recorrer aos filhos, netos e bisnetos.

Mais que uma exigência social, concordam especialistas, a mudança de comportamento é vista como meio de melhorar a convivência entre as gerações e dar mais independência em tarefas corriqueiras. “Essa inserção digital quebra um ideal de velhice frágil, de espera, e coloca os idosos em posição ativa, de aprendizado e autonomia”, observa a psicóloga Caroline Lemos.

Os benefícios se estendem ainda as funções motoras e cognitivas, acrescenta a psicóloga. Quando se dispõe a desenvolver novas atividades os neurônios são levados a estabelecer novas conexões e se
renovam. “A plasticidade cerebral aumenta com o aprendizado”, afirma ela.

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FONTE: Jornal Cruzeiro do Sul | Tribuna do Norte